Tarot: o mensageiro divintório ✨

O Tarot é uma das ferramentas espirituais mais antigas e misteriosas da humanidade. Mais do que um oráculo, ele é uma linguagem sagrada que une arte, filosofia, psicologia, espiritualidade e misticismo. Cada carta é uma janela para o inconsciente, um espelho da alma e um mapa dos ciclos da vida.

Desde os tempos medievais até hoje, o Tarot fascina mentes curiosas e corações despertos, porque nele a sabedoria do cosmos se encontra com a jornada humana, e cada leitura se torna uma conversa entre o visível e o invisível, fortalecendo novas pontes de conexão e direcionamento.

As origens do tarot

O Tarot nasceu no coração do Renascimento italiano, por volta do século XV, quando artistas e pensadores começavam a redescobrir o simbolismo das antigas tradições herméticas e filosóficas.

As primeiras versões conhecidas surgiram em cidades como Milão, Ferrara e Bolonha, em baralhos conhecidos como tarocchi.
Eles eram usados em jogos da nobreza, mas desde cedo carregavam imagens enigmáticas de reis, rainhas, magos, anjos, planetas e símbolos da vida humana.

No século XVII, o Tarot se espalhou pela França, e em Marselha ganhou o estilo visual que o consagraria como ‘o Tarot de Marselha’, com cores primárias, linhas firmes e figuras arquetípicas.
Esse baralho se tornou o modelo base de praticamente todos os tarots posteriores, inspirando desde o esotérico Rider-Waite-Smith (1909) até os decks contemporâneos que hoje conhecemos.

Um espelho do inconsciente

Com o passar dos séculos, o Tarot deixou de ser visto como um jogo e se tornou um instrumento de sabedoria e autoconhecimento.
Ocultistas, alquimistas e filósofos perceberam que as cartas descreviam as etapas da alma humana. Desde o nascimento da consciência até sua integração com o divino que habita o Todo.

Carl Jung (pai da psicologia analítica), também reconheceu o Tarot como uma representação viva dos arquétipos do inconsciente coletivo, o descrevendo como símbolos universais que habitam o imaginário humano desde o início dos tempos.
Cada carta fala com o inconsciente, despertando memórias, emoções e intuições.
Por isso, o Tarot não serve somente para ‘adivinhar’ o futuro, ele traduz o presente e ilumina o caminho para escolhas mais conscientes no hoje.

O Tarot e o Sagrado Feminino

Desde os primórdios, o Tarot foi preservado e transmitido em grande parte pelas mãos femininas.
As mulheres, ligadas aos ciclos da Lua e à intuição, sempre tiveram uma relação íntima com o mistério e a escuta do invisível.

Durante séculos, em meio à repressão e aos medos da Inquisição, as leitoras de cartas eram vistas como bruxas. Não porque faziam o mal, mas porque ousavam acessar o invisível sem a permissão das instituições hierárquicas da época.
Eram curandeiras, parteiras, videntes, mulheres sábias, que viam na arte do Tarot uma forma de cuidar, orientar e despertar consciências.

Hoje, o Tarot se manifesta como uma sabedoria universal.
Ele transcende gênero, religião ou tradição, e fala com todos que buscam compreender a si mesmos e a vida em profundidade.
Ainda assim, o retorno do sagrado feminino nos recorda da importância da escuta, da sensibilidade e da intuição, qualidades humanas que o Tarot desperta em quem se permite viver essa linguagem com reverência.
E também como uma forma de honrar as mulheres que, ao longo dos séculos, tiveram suas vozes silenciadas e suas vidas ceifadas por carregarem essa sabedoria, por serem mensageiras do invisível e guardiãs do mistério.

A estrutura do Tarot

O baralho tradicional é composto por 78 cartas, divididas em dois grandes grupos:

22 Arcanos Maiores

Chamados de “trunfos” nos baralhos antigos, representam as grandes forças arquetípicas da alma, os estágios da jornada espiritual e as lições fundamentais da existência.

Do Louco (0) ao Mundo (21), eles descrevem o caminho do herói, e o percurso da alma humana rumo à consciência; passando por desafios, iniciações e despertares.
Cada carta é um portal simbólico, uma etapa da evolução interior.

56 Arcanos Menores

Divididos em quatro naipes de Paus, Copas, Espadas e Ouros, eles representam os elementos da natureza e os aspectos cotidianos da vida.

Paus (Fogo): ação, coragem, energia criadora.
Copas (Água): sentimentos, intuição, relações e amor.
Espadas (Ar): pensamentos, escolhas e conflitos mentais.
Ouros (Terra): trabalho, matéria, estabilidade e abundância.

Cada naipe possui 10 cartas numeradas (de Ás a 10) e 4 figuras da corte como Pajem, Cavaleiro, Rainha e Rei, que personificam papéis e atitudes humanas.

Um mensageiro simbolista

As imagens do Tarot são vivas, dinâmicas e multidimensionais.
Elas reúnem símbolos da astrologia, numerologia, cabala, alquimia e mitologia, formando um código universal que fala diretamente à alma. E pode variar dependendo da posição e/ou contexto.

Nenhuma carta é puramente ‘boa’ ou ‘má’, tudo depende do contexto e do aprendizado envolvido.
O Tarot não julga, ele mostra o fluxo da energia e o ponto de consciência que precisa ser olhado.
Em cada leitura, a alma fala através das cartas.
E quanto mais o consulente se abre para escutar, mais profundo é o diálogo entre o consciente e o inconsciente.

O Tarot como ferramenta terapêutica e direcionamento energético/ espiritual

Hoje, o Tarot é reconhecido também como uma ferramenta terapêutica e de autodescoberta.
Em leituras conscientes, ele ajuda a revelar padrões emocionais, crenças, medos e potenciais adormecidos.

Mais do que respostas, o Tarot oferece espelhos e perguntas, convidando a pessoa a se observar com honestidade e coragem.
Ele integra a sabedoria simbólica com a psicologia, e por isso é tão usado em terapias holísticas e processos de autoconhecimento.
Quando lido com ética, consciência e respeito, o Tarot não determina o futuro, mas ilumina o caminho.
Ele mostra tendências, vibrações e possibilidades, sempre lembrando que o livre-arbítrio é soberano.

O Tarot é também um caminho iniciático, que nos guia a uma trilha de expansão da consciência.
Cada Arcano é um mestre, e cada leitura é como uma iniciação a acessar novos ciclos, sabedorias e perspectivas.

Ao percorrer e compreender as cartas, o buscador aprende sobre fé, limites, amor, desafios, coragem, transformação e transcendência.
O Tarot não é apenas um baralho, ele é um mapa simbólico da jornada da alma humana, onde o destino e o autoconhecimento se entrelaçam em uma sabedoria sútil.
E quando a pessoa desperta para essa linguagem, ela passa a perceber o Tarot não como algo externo, mas como um reflexo vivo de si mesma(o); um espelho do que já está dentro (e fora) de si.


Nos próximos capítulos do blog Flor de Brisa, mergulharemos carta por carta nos 22 Arcanos Maiores, começando pelo primeiro (ou último): O Louco, o símbolo do recomeço, da liberdade e da sabedoria inocente que guia a alma em sua contínua jornada de autodescoberta.

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